11/05/2008

o sono e o descanso do poeta.


Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento. (C.L)
Depois de encontrar-me ali, lapiseira e papel, todos os passos a minha volta, passam a correr despercebidos. É como se houvesse somente os sonhos do meu próprio relógio, embalando em sonata a minha inspiração.
Não me lembro ao certo de onde vem exatamente essa paixão de estarrecer os meu nervos. Confesso também que qualquer lugar é lugar, e que elas, as minhas idéias, são tão repentinas e rebeldes que não suportam esperar. Desatinam a aparecer tortuasamante sem pudor de hora ou de ambiente.
(Você escreveu aqui na mesa? Já disse várias vezes a Marília - que não é de Dirceu)
Fato é que a princípio elas surgiam nas minhas agendas coloridas e pesadas, nas quais não passava um dia sequer sem escrever. Nesta época a lapiseira também não era tão essencial. Qualquer cor era cor. As agendas, ainda persistem, mas hoje já não são lugar-comum. Hoje são agendas em sua expressão real. Compromissos, anotações diversas e cruéis. Prova de Sociologia na próxima terça.

Ainda não consigo escrever diretamente no computador. Prefiro também as folhas recicladas. Grafite 0.7.

Escrever anima os ares entre as minhas paredes. As palavras sustentam meu pensamento e me são absolutas e necessárias. Da mesma forma que a música sustentam meu espiríto, a palavra sustenta toda a minha morada.

Eu só poderia amá-la.

2 comentários:

Unknown disse...

vc roubou as palavras da minha boca pra escrever esse texto :D nem tenho mais palavras pra fazer um comentario aqui ;/ hihi

Unknown disse...

sou péssimo com textos :/
rsrsrs..

como eu queria ter toda essa inspiração pra escrever.. ^^

adoroooooooooooo..! ;D