27/05/2008

sobre a minha maior dor.

Pode chamar de meu homem-aranha
O que existe aqui, por mais que INSISTAM EM NOS SEPARAR, já é eterno.
Um tesouro sem proporção de preciosidade. Como todas a vezes que ele olha no céu e diz: Se tem estelinha nom "vove"...se nom tem estelinha "vove"... Todas as vezes que corre para atender as ligações " Alô quem é???"As vezes que eu tento explicar que almoço é quando tem sol, jantar quando tem lua. Aiaiaia Jéjé... você vai me morder de novo? Tô bunito com essa buzza???Todas a vezes que me acorda no berro, que muda insistentemente a estação do rádio.Que insiste em jogar o joguinho do MOCOTEIRO. E mesmo que as vezes você fique bravinho... como quando eu te enfio no chuveiro de roupinha e tudo e pelas vezes que eu corro pela casa gritando pq vc desligou o modem e caiu a minha internet... eu te amo, eu te adoro, eu te respiro. Por você eu durmo, acordo e SAIO PRA COMPRAR ALL STAR N.º 27. Em todas as artes, todos os desenhos... todos os instantes.Te amo PARA SEMPRE.
(muito triste sentir a sua falta).


23/05/2008

Sobre neblina, propósito e anestesia.


Olhava aqueles olhos de encanto surreal e desejava continuar vendo-os durante todo o dia que anunciava-se com o sol aturdido em neblina.
Eu sabia que de fato, era real, notável e que estava ali, ao alcance das mãos. E inegavelmente, não me cansava de olhar.
Todas as músicas se misturavam em meus ouvidos, todo o perfume embriagava os meus pulmões e o pensamento destinava-se ao desejo de firmar o corpo e não permitir que desabasse ali, de tão hipnotizada, toda a minha morada.

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18/05/2008

18/05/2008 (sete meses e sete dias depois)

Vinho e um diálogo ao amanhecer
(e): Você nunca teve uma noite tão estranha, não é?
(a): Depende do que você considere estranho.

Injetado na memória, desejável nos dedos, inquebrável na voz. Improvável como todos os meus sonhos novos. Tão surreal como o farol de uma maré rasa. É toda essa impossibilidade que me desafia e que me impede de recusar.

(Run and tell all of the angels.
This could take all night- Foo Fighters e o assalto que mudou a história.)


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11/05/2008

o sono e o descanso do poeta.


Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento. (C.L)
Depois de encontrar-me ali, lapiseira e papel, todos os passos a minha volta, passam a correr despercebidos. É como se houvesse somente os sonhos do meu próprio relógio, embalando em sonata a minha inspiração.
Não me lembro ao certo de onde vem exatamente essa paixão de estarrecer os meu nervos. Confesso também que qualquer lugar é lugar, e que elas, as minhas idéias, são tão repentinas e rebeldes que não suportam esperar. Desatinam a aparecer tortuasamante sem pudor de hora ou de ambiente.
(Você escreveu aqui na mesa? Já disse várias vezes a Marília - que não é de Dirceu)
Fato é que a princípio elas surgiam nas minhas agendas coloridas e pesadas, nas quais não passava um dia sequer sem escrever. Nesta época a lapiseira também não era tão essencial. Qualquer cor era cor. As agendas, ainda persistem, mas hoje já não são lugar-comum. Hoje são agendas em sua expressão real. Compromissos, anotações diversas e cruéis. Prova de Sociologia na próxima terça.

Ainda não consigo escrever diretamente no computador. Prefiro também as folhas recicladas. Grafite 0.7.

Escrever anima os ares entre as minhas paredes. As palavras sustentam meu pensamento e me são absolutas e necessárias. Da mesma forma que a música sustentam meu espiríto, a palavra sustenta toda a minha morada.

Eu só poderia amá-la.

Bem-aventuranças*


"Bem-aventurados sem limites aqueles que, por estes meios, se encontram livres das limitações do egoísmo.
E, finalmente, bem-aventurados aqueles que desfrutam prazer na contemplação do que é profundo e realmente verdadeiro neste mundo e na nossa vida nele.”


(BUDA)