10/02/2010

Não morda a maçã, Eva.


E se assim me perguntassem, entre um café ou os segundos do elevador, o que me atormenta nesses dias, além do sol estandarte das tardes, a resposta viria em verso desacompanhado de melodia, novamente: Viver está me deixando louca.
São dias que permaneço na inércia da espera. Caso me venha o perverso, o amaria, para fazer valer o costume. Se me vier o são, não o detestaria, mas a conversão viria em doses que jamais serão remédio. Na intenção ou nos amores, há sempre o pecado disfarçado em seda pura, e ainda vale o que já foi dito: há mais alegria pelo arrependimento de um pecador, do que por cem justos que jamais pecaram. O mal nada é senão pura vaidade.*
Nestes dias, a salvação me levaria aos céus, a tentação, um andar abaixo. Das minhas palavras, faria um discurso republicano, cartão de aniversário, pedido de trégua ou acordos de guerra.
À espera. –
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* A Dama das Camélias, Romance Francês.

Um comentário:

disse...

Oi... só passei pra dar uma olhadinha. qdo tiver mais tempo olho melhor...

Bjos bjos...

PS: To te seguindo! ;D