O que diria então, para os olhares que estariam por vir?
O que lhes diria em frente a todas as perguntas, posto que em ato de antecipação da dor, poderia prever todas elas, disparando, ferindo, torturando. Não lhe cabia escolha. Já sabia, que o que lhe restava para todas as desculpas, primeiro as inevitáveis, depois as imagináveis era o perdão duvidoso.
Como conformar-se com a fraqueza inarrável? Como conformar-se em não ser forte para afrouxar os nós, impedir a queda, fechar o corte? Como se fez o egoísmo tão presente, para irreversivelmente cegar-lhe os olhos do coração? Fechar-lhe as janelas para o que era tão vizinho? Como pode não ver que aos centímetros próximos restava o nada. Nem dor, nem amor; foi tudo varrido.
Chorou.
Desmereceu-se. Odiou-se em incontáveis formas. Odiou-se na forma máxima do sentimento.
Chorou e chorou. Inundou as próprias horas em inigualável dor, remorso, medo.
02/04/2009
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Um comentário:
e guardou seu segredo, despindo-se do medo.
nada mais importava a nenhum outro coração se a dor era sua constante..
não obstante ao silencio que perturbava,
correu em seu esconderijo e desabou como chuva no seu secreto...
não deixou nenhuma pista ao errante que estava por perto...
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