Depois não soube o que escrever.
Em todo, eram só os pensamentos, novamente em chamas.
Em instantes lembrou mais uma vez de tudo o que lhe fazia falta, por sua singularidade. Por ser inesquecível. Pensou em chamar novamente, pensou em dizer tudo. Pensou que talvez não houvesse nada mais a ser perdido. Já que de tudo, o que restou lhe parecia sempre inerte: Desejo imensurável, específico. Excessivo.
"É preciso saber esquecê-las, quando são muitas, e ter a grande paciência de esperar que retornem por si. Pois as lembranças em si ainda não não o são. Só quando se tornarem sangue em nós, olhar e gesto, sem nome, não mais distinguíveis de nós mesmos, só então pode acontecer que numa hora muito rara se erga do meio delas a primeira palavra de um poema" (OS CADERNOS DE MALTE LAURIDS BRIGGE - Rainer Maria Rilke, 1910 - Sonho de consumo ou o livro que eu ainda não li).
(-Boa noite, caso você não consiga dormir, me ligue.
COMPLACÊNCIA– Não, você não irá escrever sobre isso.
-Só recebi agora a sua mensagem ... Dormindo? 16/06/2008 - 03:10)
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