30/05/2010

comme la musique


E assim, em um discurso quase secreto, previsto e confesso, vejo o nome sair dos lábios, maravilhar pelos ouvidos, instaurar pela memória, fotografar em portas retratos. De todos os nomes, para sonhar somente este: tão seu. Passa pelas chaves, pelos portões, atravessa paredes, encanta os travesseiros. V de virtude, V de vertigem, V do vermelho. E de fazer uns gestos e de dizer palavras sobre as coincidências das mãos e da pele, dos domingos, dos cafés que são chá. Da respiração espartilhada, são os instantes de ir e vir, de partir o fôlego, um desejo latente de pura inspiração. "Connaîtrai un bruit de pas qui sera différent des autres. Les autres pas me font rentrer sous terre. Le tien m'appellera hors comme la musique". Vírgulas de um conto de encanto surreal e anunciado.

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