28/04/2010

de Roda, Canção. -


Com a raiva de alardear demônios, nada havia a ser dito, além de todas as palavras que já estavam instauradas ali. Nada a fazer-se, sem que mais nada restasse a pensar-se. Feriu-se o bichano. Em pelos curtos, vidas incontáveis. Somadas, de múltiplas fazem-se infinitas.
Pela sorte dos anjos, ou azar de mundos, que não este, permaneceu. Ali.

Permaneceu ali, como já prostara-se em outras horas. Horas doces e amargas, outros novelos, novas lãs. E olhava. Olhava com os olhos de olhar a alma. Olhar vidraças, janelas. Alguns muros, tantas noites e pares de ruas.
Francisca, outra de nossas Marias, mães e tias, pôs-se a contemplar. E contemplava por admirar. Além dos olhos, o animal nada fazia. Não retorcia, não cantava, não sorria. Miava.
Como os gatos fazem sempre, miar.

Jéssica C.

Nenhum comentário: