22/10/2009

Então,

que seja doce.

Sobretudo, agora e como não era há tempos, estava feliz.
Mesmo com o calor dos dias, estava feliz. Esqueceu, de uma vez por todas, e da forma como devia, das flores que nunca vieram, das taças que não dividiram, dos lençóis que não estiveram, e do beijo que repousou em silêncio. Agora, a felicidade, cintilava em seus varais. E ainda, lhe restavam as 6 vidas, que multiplicadas, seriam infinitas.
Os mais importantes, estavam todos ali. E a certeza de que eram únicos e suficientes, se eternizava nas canções, nos fast-foods, nas incontáveis bebidas alemães. Hoje, escreveria em m suas paredes, em vermelho, para não faltar a cor: Queridinho, sobre as pessoas especiais, já as encontrei. E além, assinaria com um obrigadíssimo em letras garrafais.
E afirmou que sobretudo, as palavras, ditas e imagináveis, para sempre seriam mais importantes que os números, porque assim já está feito, já é decidido. Nada mais importante que as palavras.
Estava feliz. Em superlativo.


"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce ." Caio F.