19/04/2009

Vermelho.

Juan: What do you want?
Cristina: I want something different.
Juan: What?
Cristina: I don't know, not this.
Juan: There's no answer, Cristina...
Maria Helena : Antonio no lo entiendes que no ha conseguido lo que queria, quiere otra cosa, que esto ja no le basta, que es como una efermidad, que nunca le va bastar con nada!
Cristina: Don't get so upset, please.. and can you speak english please? I can't understand you.
Maria Helena: Esta niña nunca le va bastar con nada.
Juan Antonio: Please speak in English.(...)
Maria Helena: Como lo sabia! Como lo sabia!
Juan Antonio: Speak English, please, so she can understand all right?
Maria Helena: Chronic dissatisfaction, that's what you have. Chronic dissatisfaction. Big sickness. Big sickness.

(aceitava sofrer como um componente da paixão e se resignava a pôr em risco seus sentimentos e - o que você quer da vida além de um homem com a cueca certa ?)
(Vick Cristina Barcelona)

Fascínio.
Não somente pelo vermelho e por ser latente em cada instante. O fascínio está em razão de ser o amor de tão difícil definição. Fascínio por dilatar que o amor requer o equilíbrio perfeito. Sem que este seja conhecido. Como se de algum modo, a perfeição pudesse caber entre as esferas do provável, do possível e do imaginável. Aquilo que fabulosamente se deseja. É a inquietação crescente e inevitável, da qual (em primeiríssima pessoa) tenho pavor, mas conheço muito bem.
É brilhante aos olhos, brilhante aos ouvidos.
Obrigadíssimo.

10/04/2009

Por que todas querem André Martins.

Para um grande amigo
E se por um minuto, todas elas pudessem resumir em um nome, todos os objetos de desejo, este seria: André Martins Guimarães.
Boas fotos em preto e branco, boa escrita, e pronto. Paixão-instantânea-aguda. Em último grau. Depois dos discursos sobre o assunto comum, disparam todos os sintomas que dilatam o sentimento. Os livros prediletos e os trechos que se auto escrevem em nossos pensamentos. A banda, favorita, a canção eterna que passamos a gostar como se há muito fosse conhecida. M-A-Y-B-E T-O-M-O-R-R-O-W. O filme fantástico, o esporte das bolinhas amarelas e principalmente o seu time de coração.
Em azar puríssimo, aquelas que podem ouvir a boa voz e sentir a boa pele talvez se condenem a um martírio inigualável. Depois do abraço, o peito dói como em doença quando não há resposta, quando o telefone não atende, quando disparam todos os clamores de saudades em seu disputado painel de declarações.
Magnético. Todas já sentiram e haverão de sentir saudades de André Martins. Algumas por se lembrarem do primeiro beijo na porta do restaurante, na calçada, nos primeiros minutos do novo ano. Outras, sentem falta das incríveis e quilométricas conversas em madrugadas quaisquer e por angustiarem-se na dúvida se o que é maravilhoso existe. Unânime é que todo o encanto já possui um lugar só dele. E por mais que a fábula se encerre, ou que toda a distância se evidencie... Por mais que se afastem, se casem, tenham filhos. E mesmo que se esqueçam, para sempre irão se lembrar dos dias em que eternamente amaram André Martins.

02/04/2009

25 dias depois.

O que diria então, para os olhares que estariam por vir?
O que lhes diria em frente a todas as perguntas, posto que em ato de antecipação da dor, poderia prever todas elas, disparando, ferindo, torturando. Não lhe cabia escolha. Já sabia, que o que lhe restava para todas as desculpas, primeiro as inevitáveis, depois as imagináveis era o perdão duvidoso.
Como conformar-se com a fraqueza inarrável? Como conformar-se em não ser forte para afrouxar os nós, impedir a queda, fechar o corte? Como se fez o egoísmo tão presente, para irreversivelmente cegar-lhe os olhos do coração? Fechar-lhe as janelas para o que era tão vizinho? Como pode não ver que aos centímetros próximos restava o nada. Nem dor, nem amor; foi tudo varrido.

Chorou.
Desmereceu-se. Odiou-se em incontáveis formas. Odiou-se na forma máxima do sentimento.
Chorou e chorou. Inundou as próprias horas em inigualável dor, remorso, medo.