05/02/2008

Não durmo.


A madrugada desperta um príncipio e um fim.
Uma ansiedade que me perturba a alma. Me desassossega os dedos.
Me desperta em formas e fantasmas. Letras e canções
(Jéssica nº 4)

04/02/2008

Nostalgia ou arrependimento.

Pronto.
Bastou essa chuva, em pleno carvaval para me pôr novamente em estado alfa...
Beta, gama, delta... já que eu posso estar em vários estados de uma vez só.
Rever uma amiga antiga me fez muito bem. Lembrei de tantos outros, que dividiam o bombom comigo e hoje desfilam com seus dreads, com seus novos “modos”, suas novas canções . E ainda sim, com as milhares de sardinhas na bochecha... que a gente vivia a contar. Posso escrever no seu caderno? Rs... era isso que eu pedia e fazia a todo tempo... escrevia no caderno de todo mundo.
Lembro das nossas roupas, lembro das minhas constantes tranças. Da volta das aulas... As nossas mochilas de rodinhas e aquele sol que se algum dia eu puder ver de novo, reconhecerei sem dúvida, no primeiro instante.
Certo mesmo é que eu não deveria ter me acostumado com essas idas e vindas constantes. Essas despedidas que nos ocorrem a todo tempo, sem que a gente se dê conta de que algumas coisas vão, para simplesmente nunca mais voltar.
E desta vez admito que essa despedida me inquietou. Por muito tempo.


Quando era só um plano, chegava a ser divertido. Nós imaginávamos as
paisagens e fotos prováveis, imaginávamos o requinte dos pratos e a primeira
matéria no jornal local. Imaginávamos a terrível conta telefônica e a imensidão
de e-mails. Voltávamos para o filme, a caixa de chocolate ou aquela música de
sempre.

E voltava a ser um plano. Ia direto para a minha caixinha de coisas. Só abro quando me convém.

Imagine where you are. There's oceans in between us. But that's not very far ...

'Cause I am lost without you
E o tempo em Amsterdã?
Chuva também?
(i miss you)


Por Jéssica C. Nº 3